Mulheres do Coren-MS: Servidoras e conselheiras que, antes de profissionais, são filhas, mães e avós


08.03.2023

Quadro de servidoras mulheres que atuam na sede do Coren-MS, a vocês e as profissionais da enfermagem um feliz Dia da Mulher.

Expedir carteira e cédula de identidade profissional, disciplinar e fiscalizar o exercício profissional, propor medidas visando a melhoria dos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Todos os serviços que são atribuição do Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (Coren-MS) passam pelas mãos de mulheres, que ajudam a fortalecer a profissão.

Em Mato Grosso do Sul, as mulheres representam a força do Coren. Dos 51 servidores concursados, nomeados e estagiários que atuam na sede e subseções de Dourados e Três Lagoas, 36 são mulheres. Além disso, o conselho ainda conta com seis conselheiras. Nesta quarta-feira (8 de março), quando é comemorado o Dia Internacional da Mulher, o Coren-MS homenageia essas mulheres ao contar suas histórias. São mães, filhas e avós, além de profissionais, que fazem a diferença nas nossas vidas.

Meire Benites, a auxiliar administrativa que, há 24 anos, integra o Coren-MS
O príncipe de Meire, chama Guilherme, e completou 13 anos

Na vida de Meire, há um príncipe
Precisa de um atendimento no Coren-MS? Dificilmente, você não irá falar com Meire Benites, a assessora técnica que, há 24 anos, integra a equipe do conselho. Querida pelos colegas de trabalho, Meire não poderia imaginar, lá em 1999, quando procurou uma agência de emprego, que encontraria um trabalho capaz de marcar as melhores fases da sua vida. Já trabalhando no Coren-MS, ela se formou em Administração e se especializou em Gestão de Pessoas. Na vida pessoal, casou-se com Edvaldo. Da união, nasceu Guilherme, de 13 anos. “O meu príncipe”, resume.

“Quero ensinar a ele ser um homem do bem, que seja honesto, que possa construir sua família, que se realize profissional e pessoalmente, que seja uma pessoa feliz”, espera.

Meire é uma profissional realizada. Pelo Coren-MS, pode trabalhar em diversos municípios de Mato Grosso do Sul, participar de congressos e de capacitações promovidas pelo sistema Cofen/Coren, além de conhecer um pedaço do Brasil.

“O Coren-MS caminhou para a modernidade. Quando entrei, tudo também era muito bom porque era as condições que tínhamos. O Coren-MS contava apenas com um computador. O preenchimento do requerimento de inscrição do profissional era a caneta e as carteiras, datilografadas. Este período foi maravilhoso. A tecnologia trouxe muitas melhorias, o que nós fizemos foi nos adaptar para atender os profissionais. Hoje, são mais de 28 mil em Mato Grosso do Sul”, orgulha-se.

Eunice se orgulha em ser servidora pública

Nas horas vagas, Eunice é só o neto
Eunice Pereira é uma daquelas servidoras que já fez de tudo no Coren-MS. Atuou no cadastro, na anuidade, no financeiro e, atualmente, está no setor de cobrança. Tem como maior orgulho ser funcionária pública. Ter estudado e passado em um concurso público. “Antigamente, só passava quem era filho de médico”, fala da antiga realidade.

Netinho Enzo Gabriel é a razão do sorriso

Eunice é a vovó coruja do Coren-MS. Há oito anos, nasceu Enzo Gabriel, que reforçou na sua vida o mais sincero amor. “Ser avó é mil vezes melhor que ser mãe”, garante. Ela carrega no coração o outro neto, que, infelizmente, faleceu quando tinha apenas três dias.

Eunice passa por um drama familiar. No ano passado, o marido faleceu em um acidente de trabalho. O luto é grande, mas é preenchido com o amor do netinho. “Todo sábado eu ficava com meu neto. Meu filho e minha nora iam trabalhar e eu passava o dia cuidando dele. Mas, agora, depois do meu marido ter falecido, ele passou a não ficar mais em casa. Ele não consegue entender a ausência do avô”, revela.

Para enfrentar as adversidades, Eunice diz que o trabalho tem sido o melhor remédio. É no Coren-MS que, além de trabalhar, pode aproveitar o convívio com os colegas para conversar, brincar e, claro, voltar a sorrir.

Estagiária Kettylleen mora em uma casa cercada de mulheres, mãe e a avó

Kettylleen e a luta por uma profissão mais justa para as mulheres
Estagiária do Coren-MS, Kettylleen Ferreira é formada em biomedicina, mas a satisfação mesmo veio ao começar a cursar Enfermagem. Entre as atribuições que exerce no setor de fiscalização, o que mais tem gostado é a gestão. Ela é fruto de uma casa comandada por duas mulheres – a mãe e a avó. Ou, como prefere, seus portos-seguro. “É uma apoiando a outra”, como ela diz. Além das três mulheres, a casa também é dividida com o irmão.

Dona Antônia, 93 anos, parceira de bloquinho de carnaval

“Eu procuro ser a melhor filha para a minha mãe. Sei que não há perfeição. Às vezes, a gente acaba discutindo, mas, ao mesmo tempo, a gente já se fala e resolve. A minha mãe é meu porto seguro. Não me imagino sem ela na minha vida”, define. O companheirismo é tanto que dona Antônia, mesmo com 93 anos, e Maria Lopes são companheiras de Kettylleen até no Carnaval.

Kettylleen carrega a esperança de uma profissão mais justa, valorizada e de que as conquistas sejam alcançadas em prol da classe. “Entre os desafios das mulheres na enfermagem não apenas na enfermagem, mas em todos os âmbitos profissionais, é de enfrentamos uma sobrecarga que não é discutida abertamente. Enfrentamos a jornada de trabalho, estudo, a jornada do lar, e ainda temos que estar belas para a sociedade, pois todos os dias somos comparadas”, diz.

Na área da saúde, por mais que a maioria dos profissionais seja mulher, Kettylleen observa que elas ainda enfrentam atitudes machistas de pacientes e colegas. “Lutamos contra um preconceito velado. Por isso, é importante que nós mulheres não pararmos no tempo. É preciso estudar, se atualizar, garantir espaço para a categoria. E essa luta não é de agora. Temos como exemplo no Brasil a enfermeira Anna Nery, que foi uma das pioneiras na categoria”, lembra.

Mãe de Anne e Laís, Nivea ajuda demais profissionais a encontrar o equilíbrio com palestras

Na busca pelo equilíbrio, Nivea se divide entre o desenvolvimento profissional e familiar
Enfermeira e conselheira do Coren-MS, Nivea Lorena Torres, é formada desde 2000 e sempre atuou em serviço público na Atenção Primária e na rede hospitalar. Após ver os desafios vivenciados pelos colegas de profissão, ela passou a ministrar palestras sobre inteligência emocional para ajudar os demais profissionais a lidarem com as emoções em emergências. Para ela, o foco na profissão exige equilíbrio na vida pessoal.

“Todas as áreas das nossas vidas precisam ser cuidadas. Entendo que não é uma tarefa simples, mas é possível de alcançar. Passamos por momentos que deixamos de lado algumas coisas importantes. No momento em que conseguirmos conciliar o trabalho e a família, alcançaremos realizações em todas as áreas”, diz Nivea, que é mãe de Anne e de Laís.

O Conselho entrou na vida de Nivea com o propósito de buscar o fortalecimento da classe e valorização como um todo. “O profissional precisa ter conhecimento da área técnica, das questões éticas, de relacionamentos. Meu objetivo dentro do conselho é contribuir com o crescimento e com o fortalecimento da enfermagem, que é uma profissão tão essencial para saúde”, defende.

Dayse não se arrepende e diz que faria tudo de novo, ao lutar pela profissão e contra o preconceito

A vitalidade da multifacetada Dayse
Técnica de enfermagem há 37 anos, Dayse Aparecida Clemente, se divide entre diversas atividades: é conselheira do Coren-MS, atua na enfermagem, é mãe, conselheira e esteticista. Quando perguntam de onde vem essa força (e disposição), Dayse tem a resposta na ponta da língua. “Da vontade de trabalhar, de fazer o que você gosta e fazer tudo com amor”, afirma, categórica.
Dayse é a mãe que virou exemplo. Os três filhos são profissionais da saúde. Leonardo, trabalha em uma empresa hospitalar, Priscila, é enfermeira, e Alex, profissional de Educação Física. Ao olhar para trás, Dayse não se arrepende e diz que faria tudo de novo, ao lutar pela profissão e contra o preconceito.

“Na nossa profissão, deixamos de cuidar às vezes da nossa família ou de nós mesmo para cuidar do próximo. Passamos Natal, Ano Novo, Carnaval ou outros feriados de plantão, no hospital. Por esta razão, muitos colegas ficam doentes. Por isso, peço aos colegas que revejam o sentido da vida. Os filhos crescem muito rápido e, quando a gente se dá conta, percebe que nem acompanhou, por exemplo, o andar ou a primeira palavra”, lembra a conselheira.

Depois de décadas dedicadas aos serviços de emergência, realizando plantões noturnos em UTI, Dayse se encontrou no setor de maternidade. “A pandemia me fez decidir. Escolhi ir para um setor mais tranquilo: a maternidade. Tranquilo mesmo não é, mas eu digo que preferi deixar de assistir a morte de perto para passar a acompanhar o nascimento de uma vida”, resume.

É acompanhando o nascimento da vida de centenas de profissionais da enfermagem todos os anos que essas mulheres continuam suas jornadas. O começo da vida profissional destes profissionais passa pelo Coren-MS e pelas mãos destas mulheres que, cada uma com sua história, dores e alegrias, contribuem para o fortalecimento da profissão e a garantia da assistência à população.

Neste Dia Internacional da Mulher, o Coren-MS parabeniza todas as mulheres pela garra, disposição e, principalmente, pela capacidade de se doar e amar.

Aos profissionais da Enfermagem, garantimos que a nossa luta por um ambiente de trabalho mais acolhedor e respeitosos continua.

Feliz Dia da Mulher!

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