Leite materno contém mais de 700 bactérias benéficas à saúde humana


24.01.2013

A maior quantidade de bactérias foi encontrada no colostro  Microorganism são essenciais para o desenvolvimento da flora bacteriana e do sistema imunológico do bebêCientistas espanhóis descobriram uma das razões para que o leite materno seja um alimento tão completo: bactérias. María Carmen Collado e Alex Mira, da Fundação Espanhola para Ciência e Tecnologia, identificaram no leite humano mais de 700 espécies de microorganismos essenciais para o desenvolvimento da flora bacteriana e do sistema imunológico do bebê.

A pesquisa – cujos resultados foram obtidos por meio de uma técnica de sequenciamento massivo de DNA e publicados na edição da semana passada do Jornal Americano de Nutrição Clínica -, permitirão determinar, pela primeira vez, as variáveis pré e pós-natal que influenciam a riqueza microbiana – o chamado microbioma – do leite e sua influência no desenvolvimento do bebê.
A maior quantidade de bactérias (mais de 700) foi encontrada no colostro, a primeira secreção das glândulas mamárias, logo após o parto. Os cientistas também analisaram o leite materno aos três e aos seis meses de amamentação.

As bactérias presentes no leite materno constituem o contato inicial com os microrganismos que colonizam o sistema digestivo do bebê. Os gêneros mais comuns de bactérias encontradas nas amostras de colostro foram Weissella, Leuconostoc, Staphylococcus, Streptococcus e Lactococcus. No leite entre o primeiro e o sexto mês de amamentação foram observadas, principalmente, bactérias típicas da cavidade oral, como Veillonella, Leptotrichia e Prevotella.

O estudo revelou ainda que o leite de mães com sobrepeso ou que ganharam mais peso do que o recomendado durante a gravidez contém uma menor diversidade de espécies bacterianas.
O tipo de parto também afeta o microbioma do leite materno: o leite de mães que deram à luz por uma cesariana planejada é diferente e não é tão rico em como o de mães que tiveram um parto vaginal.

Mas quando a cesariana não é planejada – ou seja, quando a decisão pelo procedimento ocorre durante o parto -, a composição do leite é muito semelhante ao de mães que têm parto normal.
Isso sugere que o estado hormonal da mãe no momento do parto desempenha um papel relevante no microbioma do leite. Segundo os pesquisadores, a ausência de sinais de estresse fisiológico, bem como sinais hormonais específicos para o parto, podem influenciar a composição e a diversidade microbiana do leite materno.

María Carmen e Mira tentam descobrir agora se o papel das bactérias é metabólico (ajudando o lactente a digerir o leite, por exemplo) ou imunológico (distinguindo entre organismos benéficos e invasores). A descoberta poderá reduzir os riscos de alergias, asma e doenças autoimunes nos bebês.

Fonte:Pioneiro RS

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