Protocolo de Enfermagem da Saúde o Homem na Atenção Primária à Saúde

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04.01.2022

A Saúde do Homem é pautada na ciência da Andrologia, que estuda os elementos anatômicos, biológicos e psíquicos que contribuem para os cuidados e os diagnósticos referentes à saúde dessa população. No Brasil, a abordagem dessa ciência constitui-se um dos principais desafios da saúde pública, devido ao fato de que, ao longo do tempo, a identidade masculina foi formada de modo a afastar os homens dos serviços de saúde e do autocuidado (COREN/GO, 2017).

Fortemente influenciado por questões socioculturais, o papel do homem na sociedade é, na maioria das vezes, caracterizado por representar o sexo mais forte, com impedimento em demonstrar fragilidades. Além disso, o homem é visto como provedor do lar, passando assim, mais tempo praticando trabalhos externos e se expondo a situações de risco.

Em geral os homens vivem menos que as mulheres. Eles morrem em maior quantidade e mais cedo que a população feminina, principalmente por causas externas (violência e acidente de trânsito) com cerca de 30% do número de casos. Posteriormente a segunda maior taxa de mortalidade são as doenças cardiovasculares com 7,6% do número de óbitos (BRASIL, 2012; BRASIL, 2018).

Neste contexto também é importante destacar o comportamento autodestrutivo relacionado ao estilo de vida, como o uso e abuso de substâncias sem indicação com vistas a melhorar o estereótipo de biofísico saudável, porém nocivo. O uso de esteróides anabolizantes para melhorar desempenho físico ou estética corporal tem se tornado um importante problema que reflete, consequentemente, no aumento do risco cardiovascular, ampliando as chances de doenças como insuficiência cardíaca, hipertensão arterial sistêmica, tromboses, dislipidemia e infarto do miocárdio. Seu uso indiscriminado também pode resultar em infertilidade (MENDEZ et. al, 2017).

Outro problema que é mais frequente entre homens do que entre mulheres é o tabagismo, hábito que eleva o risco de doenças cardiovasculares. O tabagismo favorece a ocorrência de trombose, além da oxidação de lipídios e inflamação, resultando no aumento progressivo de quadros de aterosclerose (MENDEZ et. al, 2017).

No estado do Mato Grosso do Sul, o cenário não é diferente. Segundo o Relatório Anual de Gestão – RAG de 2017 foram mais de 8.000 internações no estado, e mais de 1.000 óbitos, em primeiro lugar por causas externas, seguidas de doenças do aparelho circulatório.

Considerando este cenário, o Ministério da Saúde (MS) instituiu a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), que tem como diretriz central a integralidade da atenção à saúde da população masculina adulta – de 20 a 59 anos. Essa política visa à assistência na perspectiva de uma linha de cuidado que atenda as necessidades de saúde articuladas aos três níveis de atenção, sendo a Atenção Básica (AB) a porta de entrada para o homem no Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL, 2009).

Assim, é importante considerar todas as possíveis estratégias para inserção dos homens nas Unidades Básica de Saúde e sua adesão às ações de prevenção de agravos e de promoção da saúde, sendo esse espaço reconhecido pelo senso comum como um espaço feminino.

Este capítulo tem o objetivo de direcionar as ações do enfermeiro voltadas à saúde do homem dentro do contexto da atenção primária, contemplando a consulta de enfermagem: histórico de enfermagem e exame físico, fluxograma de atendimento, os principais diagnósticos e intervenções (farmacológicas e não farmacológicas) de enfermagem correlacionados com o CIAP-2 e outras informações relevantes à assistência de enfermagem ao homem, como a realização do pré-natal.

Clique aqui para ter acesso ou veja a publicação abaixo, em anexo.

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