SUS oferecerá teste rápido para tuberculose


27.03.2013

Expectativa do MS é que exame seja disponibilizado até final do ano; em 2012 foram registrados 70 mil novos casos da doença O Brasil ocupa o 17º lugar num ranking de 22 nações consideradas “de alta carga” (onde há grande circulação da doença) Brasília O Ministério da Saúde disponibilizará na rede pública, até o final do ano, um teste rápido para diagnóstico da tuberculose. O exame pode detectar o bacilo causador da doença em duas horas, além de identificar se o paciente tem resistência ao antibiótico rifampicina, usado no tratamento. No exame tradicional, são necessários de 30 a 60 dias para realizar o cultivo da micobactéria e mais 30 dias para obter o diagnóstico de resistência à rifampicina. Com o novo teste, os índices de sensibilidade e de especificidade, segundo a pasta, chegam a 92,5% e 99%, respectivamente, o que diminui a possibilidade de um falso positivo.

O coordenador do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, Draurio Barreira, informou que o teste rápido, chamado Gene Expert, já está sendo feito no Rio de Janeiro e em Manaus e será implantado em todos os municípios com mais de 200 novos casos de tuberculose notificados em 2012.

O exame também será disponibilizado em localidades consideradas estratégicas, como cidades com grande população prisional ou indígena e em municípios de fronteira.

Para o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, o desafio do governo é combinar ações universais de prevenção e diagnóstico da tuberculose com estratégias específicas direcionadas para as chamadas populações mais vulneráveis (presos, índios e pessoas que vivem com HIV). “Por isso, a integração com a atenção básica é fundamental”, avaliou.

A estimativa de gastos para a implementação da nova tecnologia no Sistema Único de Saúde (SUS) é R$ 12,6 milhões. Os recursos, de acordo com o ministério, serão usados para a aquisição de testes e de computadores com leitor de código de barras e impressora e também no treinamento de profissionais e saúde.

Novos casos

O Brasil, segundo o MS, registrou 70.047 novos casos de tuberculose no ano passado. A taxa de incidência da doença no mesmo período foi de 36,1 para cada 100 mil habitantes. Já os dados mais recentes sobre óbitos provocados pela tuberculose no país são de 2010, quando a doença vitimou 4,6 mil pessoas e a taxa de mortalidade registrada foi de 2,4 para cada 100 mil habitantes.

O Brasil ocupa atualmente o 17º lugar num ranking de 22 nações consideradas “de alta carga” (onde há grande circulação da doença). No país, a tuberculose representa a 4ª causa de morte por doenças infecciosas e a primeira causa de morte por doença identificada entre pessoas com HIV.

Em relação ao perfil do paciente brasileiro, cerca de 66% dos casos de tuberculose notificados em 2012 acometeram homens. Quanto à faixa etária, a frequência maior da doença ocorre entre 25 e 34 anos, em ambos sexos. Quanto à escolaridade, 58,2% dos casos novos tinham até oito anos de estudo.

Entre a população indígena, o risco de contrair a tuberculose chega a ser três vezes maior que na população em geral. Entre a população privada de liberdade, o risco é 28 vezes maior. Entre os moradores de rua, o risco é 67 vezes maior e entre pessoas que vivem com HIV, o risco de contrair a doença é 35 vezes maior.

Dados globais indicam que um terço da população do planeta está infectada pela doença. Ao todo, 5,8 milhões de novos casos foram notificados em 2011, sendo que 82% deles se concentram nos 22 países ‘de alta carga’.

Sintomas

A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas, também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).

Alguns pacientes não exibem nenhum indício da doença, outros apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados durante alguns anos (meses). Contudo, na maioria dos infectados, os sinais e sintomas mais frequentemente descritos são tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo; febre baixa geralmente à tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza; e prostração.

Para prevenir é necessário imunizar as crianças de até 4 anos, obrigatoriamente as menores de 1 ano, com a vacina BCG. Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de Aids não devem receber a vacina. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar. A tuberculose não se transmite por fômites e pelo uso de objetos compartilhados. Cuidado para não agravar os estigmas. (Com informações do Ministério da Saúde) Paula Laboissière

Fonte: Agência Brasil

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